No dia 8 de outubro de 2005, a Fundação Círculo de Leitores anuncia no Hotel Pestana, em Lisboa, o vencedor da 4ª edição deste prémio.
Gonçalo M. Tavares foi distinguido pela escrita de Jerusalém.
Gonçalo M. Tavares foi distinguido pela escrita de Jerusalém.
Gonçalo M. Tavares |
O júri anuncia no Hotel Pestana, Lisboa, o vencedor do Prémio Literário José Saramago 2005. |
Guilhermina Gomes, Pilar del Rio e José Saramago |
José Carlos Vasconcelos e Saramago. |
«Da frase à alegoria. Do universo alegorizado, apenas o claustrofóbico mundo de figuras-tipo bem individualizadas no fragmento limpo, quase asséptico. Tocam-se os extremos da genialidade e da loucura, incursões no non-sense. Sabedoria confundida com o comportamento esquizóide, o óbvio e o absurdo. Lógica da criança ou do louco, frio distanciamento colmatado pelas reminiscências do leitor, despartadas apenas pelo que parece sugerido em sinais de humor negro/sorriso amarelo, cúmplices de mera vidência dos Tempos Modernos.»
Maria de Santa Cruz
«Cidade sagrada e fonte de inspiração para judeus, cristão e muçulmanos, Jerusalém é menos um lugar e mais um conceito para designar a presença divina, a crença numa salvação espiritual e numa esperança de harmonia, unidade e realização humanas. E o contraste irónico torna-se evidente, pois se são esses os conteúdos associados a Jerusalém, não são esses os indicadores que encontramos no romance Jerusalém. O distanciamento daqui resultante é revelador de um cepticismo que, associado a um profundo sentido trágico da existência, marca globalmente um romance extremamente controlado, cerebral, quase cirúrgico na identificação e conhecimento das chagas humanas.»
Manuel Frias Martins
«Cidade sagrada e fonte de inspiração para judeus, cristão e muçulmanos, Jerusalém é menos um lugar e mais um conceito para designar a presença divina, a crença numa salvação espiritual e numa esperança de harmonia, unidade e realização humanas. E o contraste irónico torna-se evidente, pois se são esses os conteúdos associados a Jerusalém, não são esses os indicadores que encontramos no romance Jerusalém. O distanciamento daqui resultante é revelador de um cepticismo que, associado a um profundo sentido trágico da existência, marca globalmente um romance extremamente controlado, cerebral, quase cirúrgico na identificação e conhecimento das chagas humanas.»
Manuel Frias Martins